Floresta situada no Bornéu devastada para a produção de óleo de palma |
O óleo de palma é tradicionalmente usado na cozinha do sudeste asiático, em alguns países africanos e no Brasil — sobretudo no estado da Baia — onde ficou conhecido como azeite de dendê (a árvore é apelidada de dendezeiro). A palmeira é originária de África e o seu território estende-se do Senegal a Angola e foi levada para o Brasil pelos portugueses tendo-se adaptado à condições climatéricas da Baia. Produzir óleo de palma para a alimentação não é um problema ambiental; a tragédia reside na industrialização da sua produção para a indústria dos combustíveis que, apesar do sufixo bio, não é sustentável.
O seu cultivo tem vindo a alargar-se em função da procura do seu óleo para a produção de biocombustíveis o que conduziu à destruição massiva de habitats de inúmeras espécies em regiões vulneráveis como a Indonésia e a Malásia.
No dia 6 de Maio publiquei um artigo sobre o filme Green (ver abaixo) que retrata esta realidade de uma forma simultaneamente bela e triste.
Hoje deixo aqui a hierligação para uma petição, que convido a assinarem, da ativista Susan Callery Hursted: Stop the EPA from including palm-oil based biofuels in the Renewable Fuel Standard! O objetivo é que os biocombustíveis proveniente dos óleo de palma não sejam considerados no normativo sobre os combustíveis renováveis dado o forte impacte que tem na conservação dos ecossistemas o que, comparado com as emissões de dióxido de carbono provenientes dos combustíveis fósseis, não é um mal menor e constitui um forte contributo para agravar as alterações climáticas que já se fazem sentir.
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