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2012-05-23

Wonderbags (notícias de África do Sul)



A Sul Africana Sarah Collins, desenvolveu uma tecnologia que permite cozinhar reduzindo em 30% as emissões de dióxido de carbono. Essa tecnologia é o Wonderbag, um saco térmico feito de poliestireno reciclado e tecido que permite que os alimentos acabem de cozinhar no seu interior. Depois de levantar fervura no bico de um fogão tradicional, o tacho é colocado no interior do wonderbag e os alimentos acabam de cozer. Além permitir poupar energia e diminuir a poluição, os wonderbags, promotores das tecnologia slow cook, garantem uma melhor qualidade nutricional dos alimentos porque permitem uma cozedura mais lenta e a temperaturas mais baixas. Um tacho de arroz, colocado no wonderbag depois de 2 minutos de fervura no fogão, leva uma hora até ficar pronto. Um tacho com vegetais estufado leva o mesmo tempo depois de ferver 5 minutos no fogão. Sem pressas e ideal para levar a família num pic-nic.
No website promotor desta tecnologia refere-se que os wonderbags já permitiram poupar energia para dar 9 452 vezes a volta ao mundo e que se pretende evitar, durante os próximos 5 anos, que 8 milhões de toneladas de dióxido de carbono sejam lançadas para a atmosfera.
A wonderbag emprega pessoas de bairros pobres e, desde 2011, já criou 615 postos de trabalho e tenciona atingir os 8016 postos de trabalho em 2016.
Os sacos podem ser encomendados online em nb-wonderbag.com.

2012-05-17

A lógica do capital contada pelos patos (Donald e Patinhas)

 Estava a clicar nos dedinhos levantados do facebook quando, na página do Center for the Advancement of the Steady State Economy, me deparei com esta tira de BD. Trata-se de uma tira de uma série de livros de BD do Pato Donald do final dos anos 40, concebida por Carl Barks. Viciado, como ando, em análise crítica de tudo e mais alguma coisa, não resisti a lançar o olhar cínico nesta elucidativa tira de papel (agora digital). De facto é um retrato fiel da ideologia capitalista estado-unidense que dominou e domina a economia mundial.

2012-05-08

Intendência humana do mundo não-humano: Direito, dever ou equívoco.

Artigo de opinião que escrevi recentemente e foi publicado no website do PAN — Partido pelos Animais e pela NaturezaDeixo aqui o texto integral.

O escândalo que envolveu a Casa Real Espanhola nos últimos dias levaram-me a escrever esta pequena reflexão. Pessoalmente, não tenho grandes dúvidas em classificar de grotesco e buçal o comportamento de Juan Carlos I. A legalidade do ato não está causa, o que está em causa é a sua moralidade. É precisamente nesta fronteira que parecem emergir alguns conflitos entre os que defendem o direito individual à vida e os que reclamam que o equilíbrio do ecossistema é um bem maior e que, se necessário, é aceitável o sacrifício de alguns espécimes. No entanto, parece-me que o que de facto está em discussão é a Intendência que, legitimamente ou não, a espécie humana decidiu assumir sobre o mundo natural e que me proponho a discutir a partir de três perspetivas distintas: a intendência enquanto direito; a intendência enquanto dever e o equívoco da presunção de intendência.

2012-04-28

Desmitificando estereótipos — MamaHope.org


MamaHope.org é uma instituição de iniciativa africana que visa ajudar os povos de África a saírem da crise humanitária em que se encontram. O que Mama Hope tem de inovador é que é os projetos são concebidos a partir das necessidades das populações locais.
De acordo com o seu website, Mama Hope desafia a abordagem convencional porque o seu modelo de Desenvolvimento Conectado (Connected Developement) assenta num processo consultivo que parte das bases (bottom-up) composto por três fases: Escutar, Conectar e Possibilitar (Listen, Connect and Enable).

2012-04-27

Reservas de água subterrânea em África

No dia 19 de Abril foi publicado um artigo na revista científica Environmental Research Letters com o mapeamento da distribuição de água subterrânea no continente africano. Os autores do artigo afirmam existir 0,66 milhões de km3 de água, 100 vezes mais do que a precipitação média anual e 20 vezes mais do que a que se encontra armazenada nos lagos da superfície. O artigo refere, no entanto, que nada se sabe acerca da qualidade destas águas; mas que se julga  que a maioria seja potável, pois estão suficientemente fundas para não serem alvo da contaminação comum às águas superficiais. Prevê-se, contudo, que as águas de algumas regiões, devido às características do subsolo, possam conter elevadas concentrações de ferro, flúor e arsénio, o que impossibilita o seu uso sem tratamento. 
O artigo sugere que estas reservas podem, depois de construídos mapas mais rigorosos e de estudadas as formas de extração, ser usadas para colmatar a carência de água em determinadas regiões do continente cujo agravamento se prevê, devido às alterações climatéricas antropogénicas.
Como se pode perceber pelo mapa da figura abaixo, a distribuição é heterogénea e as principais reservas localizam-se no norte do continente no subsolo do maior deserto quente do planeta, o Saara.