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2012-11-09

Ecologia e espiritualidade: do contrato social ao contrato natural


As últimas décadas do século XX, animadas em boa parte pelos novos saberes de uma ciência sistémica, viram emergir uma mundividência holística, questionadora dos pressupostos hegemónicos que reificam o mundo não humano e alienam a espécie humana das suas origens. Além dos desenvolvimentos do conhecimento científico, outras formas de olhar mundo, como é o caso do pensamento budista ou do movimento ecologia profunda, imiscuem-se no pensamento ocidental e contribuem para a emergência de novos paradigmas, que questionam as formas organizadoras instaladas. A reflexão que pretendo fazer, propõe a desconstrução da centralidade antrópica através de uma análise histórica vista a partir do interior do pensamento ocidental e do contributo que outras formas de olhar e pensar o mundo poderão dar para a edificação de uma sociedade mais igualitária onde indivíduos, espécies e ecossistemas, sejam reconhecidos como entidades de pleno direito com quem partilhamos o Universo e não como objetos utilitários que apenas servem para satisfazer os caprichos humanos.

Conferencista: Orlando Figueiredo
Organização: Sopro Infinito - Associação Cultural, no âmbito do Curso "Espiritualidades do Mundo" (http://www.facebook.com/events/261938843910353/) - Aberta a todos os interessado

Dia 13 de Novembro às 19h00 na Rua Pascoal de Melo Nº 4 1º Andar - Lisboa


Créditos: Foto: resilience of ecosophical conatus.., por Joël Evelyñ & François (Flickr).

2012-07-07

A Civilização da Selva, por Vandana Shiva*

Vandana Shiva
(clique para ampliar)
Sim, é possível assegurar que os tigres, as tribos, as árvores e todas as demais formas de vida sejam protegidas e possam continuar sua viagem evolutiva em paz e harmonia, escreve neste artigo, exclusivo para o Terramérica, a ativista indiana Vandana Shiva.

NOVA DÉLHI.- Até há pouco tempo, os indianos se identificavam como Aranya Sanskriti, ou seja, a Civilização da Selva. Segundo o poeta Rabindranath Tagore, a peculiaridade da cultura indiana consiste em sua definição da vida na selva como a mais alta forma de evolução cultural. Em "Tapovan", Tagore escreveu que "a civilização indiana se caracteriza por situar suas fontes de regeneração – material e intelectual – nas selvas e florestas, não na cidade. A cultura que surgiu da selva sofreu influência de diversos processos de renovação e reafirmação da vida, que estão sempre atuando no ambiente selvagem e que variam de uma espécie para outra, de uma estação para outra e em sua aparência, seu som e seu cheiro".

Atualmente temos problemas para proteger nossos sistemas essenciais de apoio á vida e ao coração de nossa identidade como civilização, porque sacrificamos "o princípio unificador da vida em diversidade, do pluralismo democrático, que havia se convertido no princípio da civilização indiana". O fizemos em nome das categorias reducionistas do pensamento ocidental, que desprezam a coexistência. O tigre se opõe à tribo, a tribo se opõe às árvores. A dependência mútua e a afinidade estão sendo substituídas pelo antagonismo, pela polarização e pela exclusão que ameaçam a todos: as tribos, os tigres e a biodiversidade das selvas e florestas.

2012-07-06

Gaia’s Plan

(Clique para ampliar)
Gaia’s Plan Please, don’t sweep the leaves away –
Their essence gives to life’s decay.

Never hack the flowers down –
Their colours bless the laughing clown.

Now why the mowing of the lawn?
The severed grass will lie forlorn.

Let our flora live undressed,
Or under Man, will toil repressed!

I, the tree of standing still –
Erect and proud, and stout of will,
Aglow with motley bark of earth –
Advance my roots for all they’re worth,
Internalising Nature’s bowels
To snag the devil, tweak his jowls
And pull his hairs from whence they grow!
I’ll destroy his pagan show
Of Homo sapiens’ disrespect!

The humble ape must reconnect
With Gaia’s plan!

(Mark R. Slaughter, 2010)


Créditos
Foto: Vale dos Pirilampos, Pinhal do Rei - Marinha Grande, por Ricardo Machado (Flickr).
Ricardo Machado é o autor do blogue Floresta Encantada — www.charmed-woods.com

2012-07-04

Gaia Theory and Deep Ecology


Stephen Harding  doutorado em Ecologia pela Universidade de Oxfdord e professor no Schumacher College fala-nos da teoria de Gaia e das suas relações com o Movimento Ecologia Profunda numa séria de 10 episódios com a duração média de 9 minutos cada (em inglês).

2012-06-17

Chegou o Momento de Agir - Uma Declaração Budista sobre as Alterações Climáticas

A Declaração Budista sobre as Alterações Climáticas resulta dos contributos de cerca de vinte mestres de todas as tradições budistas que participaram na redacção da obra A Buddhist Response to the Climate Emergency (Uma resposta budista à emergência climática), Wisdom Publications, 2009). O texto intitulado «Chegou o momento de agir» (tradução da versão original em língua inglesa The Time to Act is Now) de inspiração pan-budista, foi redigido por David Tetsuun Loy (mestre zen) e pelo venerável Bhikkhu Bodhi (mestre da tradição Theravada), contando ainda com a contribuição científica do Dr. John Stanley. Esta declaração tem como seu primeiro subscritor o Dalai Lama. Convidamos todos os membros da comunidade budista internacional preocupados com esta questão a lerem este documento e a juntarem a sua voz, subscrevendo-o. O original em inglês está disponível no website Ecological Buddhism: A Buddhist Response to Global Warming.

Clique aqui para assinar a petição.


2012-06-13

Uma entrevista com James Lovelock (em inglês)

James Lovelock - A Final Warning: by Nature Video

James Lovelock é conhecido como o pai da teoria Gaia, a idéia de que todas as partes do planeta formam um sistema complexo de interação, como um único organismo. Nesta entrevista Lovelock lança um aviso para o planeta Terra e entusiasma-se sobre a sua viagem espacial que está próxima.
O vídeo faz parte do Canal youtube da Nature e foi carregado  no Dia da Terra (22 de Abril) do ano de 2009.

2012-06-10

Home — O Mundo é a nossa casa

HOME foi feito para ser partilhado e agir pelo planeta!
(original narrado em pt_PT)




HOME é o nome de um filme de 2009 dirigido e narrado por Yann Arthus-Bertrand o famoso fotógrafo de vistas aéreas a quem dediquei a mensagem do dia 7/jun. O filme, à semelhança do restante trabalho do fotógrafo, alerta para a dimensão global dos problemas ambientais e de sustentabilidade e para a necessidade de os enfrentarmos de uma forma séria e eficaz. Trata-se, de facto, de um documentário sobre o sistema Gaia sublinhando as suas interdependências.

2012-06-09

Gaia, a Terra, um organismo vivo?

Cédric Lemery
No dia 20 de Abril de 2005, Cédric Lémery deu uma conferência, a convite do Sangha Rimay Lusófono então chamado Dharma Ling de Lisboa, intitulada "Gaia, a Terra um organismo vivo?".
Cédric Lémery, um antigo aluno da l'Ecole Normale Supérieure de Lyon (admitido em 1993), Agregado de Ciência Físicas (1996), Doutor em Física da Terra (2001), é actualmente professor de Ciências Físicas e Químicas no liceu (correspondente ao ensino secundário em Portugal) e animador de conferências e estágios pluridisciplinares. O texto que está a seguir à apresentação é da autoria de Cédric Lemery.

Carregue no botão "play" para ver a versão portuguesa do slideshow da apresentação.



2012-06-08

A Teoria de Gaia (parte II)

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A aventura de Gaia contínua. Com o passar do tempo a comunidade científica começa a olhar para esta teoria científica com mais credibilidade. A pressão dos movimentos ecologistas não é isenta de responsabilidades nesta mudança de atitude. Alguns setores mais ortodoxos adotam a designação de Ciência Sistémica da Terra (Earth Systems Science) em detrimento do nome original. No entanto, nos meios verdes mantêm-se a designação original e, em alguns sectores mais espiritualistas, desenvolvem-se conceções panteístas e de revivalismo do culto da Terra característico das sociedades xamânicas.
Clique para ampliar
Voltando aos aspetos materiais mais reducionistas, diferentes áreas do conhecimento debruçam-se em busca de evidências empíricas da existência do sistema gaiano. As buscas revelam-se frutíferas e algumas conjecturas são colocadas a debate.
Apercebemo-nos que as florestas tropicais — sendo a Amazónia o exemplo mais conhecido  e frequentemente chamada de pulmão da Terra, não nos podemos esquecer das manchas verdes da África Equatorial e do sudeste Asiático — não têm um papel tão importante na reposição do oxigénio e na remoção do dióxido de carbono da atmosfera.

2012-06-02

A teoria de Gaia (parte I)

Blue Marble
Na década de 70 James Lovelock, em colaboração com Lynn Margulis, avançou com uma ideia revolucionára: a hipótese de Gaia que lança um novo olhar sobre a vida na Terra. Esta hipótese surgiu na sequência de um pedido da NASA ao referido cientista, para conceber um método capaz de proceder à detecção remota de vida em Marte. A ideia era conceber um projeto que, eventualmente, envolvesse um dispositivo que pudesse ser transportado até ao planeta ou às suas imediações e aí fosse capaz de capturar informação que permitia inferir acerca da possível existência de vida em Marte. Lovelock, contudo, optou por abordar o problema a partir de outro ângulo. Sem sair da Terra poderia usar a informação sobre a composição química da atmosfera marciana para chegar a tal conclusão. O ar de um planeta sem vida, em virtude de se encontrar há milhões de anos sem grandes alterações deve estar próximo do equilíbrio químico. Na atmosfera de um planeta como a Terra, onde a vida prospera, isso não acontece porque, diariamente, são produzidos e consumidos novos gases capazes de reagirem quimicamente entre si.

2012-05-25

Johan Rockstrom: Deixemos que o ambiente guie nosso desenvolvimento

O crescimento humano abusou dos recursos da Terra; mas, como nos lembra John Rockstrom, os nossos avanços científicos e tecnológicos também nos proporcionaram o reconhecimento desse problema e incentivam-nos a procurar soluções e a promover mudanças no nosso comportamento. A investigação de Johan encontrou nove "limites planetários" que nos podem orientar no sentido da proteção dos vários ecossistemas do planeta.
Johan Rockstrom é líder numa nova forma de abordar a sustentabilidade conhecida como fronteiras (ou limites) planetário. Rockstrom lidera uma equipa multidisciplinar de 29 cientistas no Stockholm Resilience Centre que identificou nove processos ou sistemas chave no mega sistema terrestre e identificou o limite acima do qual cada um dos sistemas pode sofrer um desastre com proporções alarmantes. As alterações climáticas estão na lista, mas também outras ameaças antropogénicas como a acidificação dos oceanos, a perda de biodiversidade e a poulição química.
Nota: As legendas estão em português do Brasil.

2012-05-02

Ativismo, Ecologia Profunda e a Era de Gaia

Ativismo, Ecologia Profunda e a Era de Gaia é um video de 2006 com, aproximadamente, 45 minutos elaborado pela Earthlands: Sacred Nature Network.
Neste vídeo Lyn Margulis — bióloga responsável pelo desenvolvimento da teoria da simbiogénese; Stephen Buhner — poeta e autor de diversos livros sobre o tema em questão e John Seed — activista defensor das florestas tropicais, são os três interlocutores da palestra.
Cada um dos palestrantes terá de responder a duas questões:
1) Quais são os efeitos para a sua vida do reconhecimento da interconetividade e inteligência gaiana enquanto expressão da verdadeira forma como o mundo funciona?
e
2) À luz desta compreensão de interdependência planetária, como podem os indivíduos e comunidades agir, com esperança em relação ao futuro, numa era de perturbações ecológicas dramáticas?
As perspectivas de cada um dos interlocutores sobre as duas questões anteriores são, simultaneamente, esclarecedoras e uma interessante fonte de reflexão passível de nos ajudar a construir uma mundividência gaiana.


John Ryan foi é o elemento da Earthands responsável pela mediação do diálogo e pode ser contactado em jcryan@earthlands.org.