...ou literacia ecológica é a capacidade de compreender os sistemas naturais que tornam a vida na Terra possível. Ser-se ecologicamente literato requer a compreensão das dinâmicas do mundo moderno e da forma como as pessoas e as sociedades, como um todo, se tornaram destrutivas e agressivas para o mundo natural — David Orr.
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2012-07-09
2012-06-20
Entrevista com Michael Madsen, o realizador the Into Eternity.
What are your personal views on nuclear energy? É assim que Michael Vazquez começa a entrevista a Michael Madsen, realizador e narrador do filme Into Eternity: a film for the future a quem dediquei um artigo no dia 3 deste mês. O filme relata o início da construção de Onkalo, um depósito para resíduos nucleares situado na Finlândia. Into Eternity só pode relatar o início da sua construção porque se estima que esta se prolongue por mais de 100 anos.
São 51 minutos e 51 segundos de conversa lúcida, realista e desapaixonada sobre o filme e sobre a questão da energia nuclear e dos resíduos que daí resultam que, independentemente de decisões futuras, é já hoje um problema que temos de abordar.
2012-06-03
Into Eternity: a film for the future
Into Eternity (2010) é um documentário, com a duração de 75 minutos, realizado pelo dinamarquês Michael Madsen e relata-nos a história do nascimento de Onkalo, um depósito para resíduos nucleares que está a ser construído na Finlândia. Michael Madsen, que é também narrador e entrevistador no decorrer, do filme leva-nos numa viagem simultaneamente bela, pela excelente qualidade que Madsen pôs na realização do filme, e aterradora pelo conteúdo que nos choca e nos leva a perguntar que sociedade é esta que deixa tão pesada herança às gerações vindouras.
Onkalo é um termo finlandês que significa esconderijo e o termo é bem apropriado porque os finlandeses estão a cavar uma gruta com 500 m de profundidade que deverá ser selada dentro de 100 anos e espera-se que venha a permanecer assim, inalterado e não perturbado durante os próximos 100 000 anos. Só para termos uma ideia, os vestígios mais antigos da civilização humana tem cerca de 10 000 anos e não há nenhuma construção humana com essa idade. Na narração Madsen dirigi-se às gerações vindouras colocando-lhes perguntas sobre a forma como vivem, que tipo de fontes de energia usam, se são uma civilização tecnológica ou não... um conjunto de perguntas inquietantes que sublinham a incerteza subjacente ao uso da tecnologia nuclear.
Onkalo é um termo finlandês que significa esconderijo e o termo é bem apropriado porque os finlandeses estão a cavar uma gruta com 500 m de profundidade que deverá ser selada dentro de 100 anos e espera-se que venha a permanecer assim, inalterado e não perturbado durante os próximos 100 000 anos. Só para termos uma ideia, os vestígios mais antigos da civilização humana tem cerca de 10 000 anos e não há nenhuma construção humana com essa idade. Na narração Madsen dirigi-se às gerações vindouras colocando-lhes perguntas sobre a forma como vivem, que tipo de fontes de energia usam, se são uma civilização tecnológica ou não... um conjunto de perguntas inquietantes que sublinham a incerteza subjacente ao uso da tecnologia nuclear.
2012-05-20
2012-04-26
Debate: Será que o mundo precisa de energia nuclear?
Ainda no dia em que faz 26 anos que se deu o acidente de Chernobyl, deixo aqui um TedVideo com um debate sobre os prós e os contras acerca do recurso à energia nuclear.
A defender a opção nuclear está Stewart Brand, pensador crítico e inovador associado aos movimentos contracultura dos anos 60, fundou o Whole Earth Catalogue. Atualmente Stewart está a trabalhar com Danny Hills no projeto Clock of the Long Now.
Contra a opção nuclear Mark Z. Jackobson defende que os recursos renováveis são a solução mais viável. Jackobson é professor na Universidade de Stanford e desenvolveu, em colaboração com a sua equipa, um mapa mundial de ventos baseado nos dados dos modernos aerogeradores.
No início do debate o moderador Chris Anderson começa por questionar a audiência sobre a sua posição pró ou contra nuclear com um resultado aproximado de 75% pró nuclear e 25% contra. Depois do debate é colocada a mesma questão e a resposta altera-se para cerca de 65% pró e 35% contra.
A polémica irá, com certeza, continuar e o investimento na investigação e desenvolvimento de tecnologia nuclear ou nas alternativas ecológicas terá um impacto decisivo na sua resolução final. Será que os bastidores da ciência irão tomar a decisão à priori através das políticas de financiamento à investigação?
O debate está aí!
No início do debate o moderador Chris Anderson começa por questionar a audiência sobre a sua posição pró ou contra nuclear com um resultado aproximado de 75% pró nuclear e 25% contra. Depois do debate é colocada a mesma questão e a resposta altera-se para cerca de 65% pró e 35% contra.
A polémica irá, com certeza, continuar e o investimento na investigação e desenvolvimento de tecnologia nuclear ou nas alternativas ecológicas terá um impacto decisivo na sua resolução final. Será que os bastidores da ciência irão tomar a decisão à priori através das políticas de financiamento à investigação?
O debate está aí!
2012-04-25
Chernobyl, um legado com 26 anos
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Posto de controlo no acesso à zona de exclusão. |
Foi na madrugada do dia 26 de Abril de 1986, dez anos depois da sua inauguração, que uma fuga no quarto reator da central nuclear de Chernobyl, na ex-república soviética da Ucrânia, provocou o maior acidente nuclear da história da humanidade. A quantidade de materiais radioativos libertados foi 500 vezes superior à bomba atómica de Hiroshima; os detritos espalharam-se por toda a Europa; a cidade de Pripyat, cuja construção foi alimentada pela central termonuclear, tranformou-se num fantasma oxidado e os campos à sua volta continuam contaminados e isolados num raio de 50 km; as fontes de alimentos de humanos e animais foram contaminadas e inúmeras pessoas desenvolveram doenças relacionadas com a radiação como cancro da tiroide, leucemia, malformação de fetos, perturbações do sistema nervoso, doenças ósseas e musculares, diabetes, doenças cardiovasculares e problemas gastro intestinais, só para citar uma pequena porção da lista. Atualmente a radiação continua a fazer-se sentir na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia estimando-se um total de 200 mil quilómetros quadrados de terras contaminadas e um número entre as 100 e as 200 mil vitimas.
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