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2012-06-20

Entrevista com Michael Madsen, o realizador the Into Eternity.

What are your personal views on nuclear energy? É assim que Michael Vazquez começa a entrevista a Michael Madsen, realizador e narrador do filme Into Eternity: a film for the future a quem dediquei um artigo no dia 3 deste mês. O filme relata o início da construção de Onkalo, um depósito para resíduos nucleares situado na Finlândia. Into Eternity só pode relatar o início da sua construção porque se estima que esta se prolongue por mais de 100 anos.
São 51 minutos e 51 segundos de conversa lúcida, realista e desapaixonada sobre o filme e sobre a questão da energia nuclear e dos resíduos que daí resultam que, independentemente de decisões futuras, é já hoje um problema que temos de abordar. 


2012-06-03

Into Eternity: a film for the future

Into Eternity (2010) é um documentário, com a duração de 75 minutos, realizado pelo dinamarquês Michael Madsen e relata-nos a história do nascimento de Onkalo, um depósito para resíduos nucleares que está a ser construído na Finlândia. Michael Madsen, que é também narrador e entrevistador no decorrer, do filme leva-nos numa viagem simultaneamente bela, pela excelente qualidade que Madsen pôs na realização do filme, e aterradora pelo conteúdo que nos choca e nos leva a perguntar que sociedade é esta que deixa tão pesada herança às gerações vindouras.
Onkalo é um termo finlandês que significa esconderijo e o termo é bem apropriado porque os finlandeses estão a cavar uma gruta com 500 m de profundidade que deverá ser selada dentro de 100 anos e espera-se que venha a permanecer assim, inalterado e não perturbado durante os próximos 100 000 anos. Só para termos uma ideia, os vestígios mais antigos da civilização humana tem cerca de 10 000 anos e não há nenhuma construção humana com essa idade. Na narração Madsen dirigi-se às gerações vindouras colocando-lhes perguntas sobre a forma como vivem, que tipo de fontes de energia usam, se são uma civilização tecnológica ou não... um conjunto de perguntas inquietantes que sublinham a incerteza subjacente ao uso da tecnologia nuclear.

2012-04-26

Debate: Será que o mundo precisa de energia nuclear?


Ainda no dia em que faz 26 anos que se deu o acidente de Chernobyl, deixo aqui um TedVideo com um debate sobre os prós e os contras acerca do recurso à energia nuclear.
A defender a opção nuclear está Stewart Brand, pensador crítico e inovador associado aos movimentos contracultura dos anos 60, fundou o Whole Earth Catalogue. Atualmente Stewart está  a trabalhar com Danny Hills no projeto Clock of the Long Now.
Contra a opção nuclear Mark Z. Jackobson defende que os recursos renováveis são a solução mais viável. Jackobson é professor na Universidade de Stanford e desenvolveu, em colaboração com a sua equipa, um mapa mundial de ventos baseado nos dados dos modernos aerogeradores.
No início do debate o moderador Chris Anderson começa por questionar a audiência sobre a sua posição pró ou contra nuclear com um resultado aproximado de 75% pró nuclear e 25% contra. Depois do debate é colocada a mesma questão e a resposta altera-se para cerca de 65% pró e 35% contra.
A polémica irá, com certeza, continuar e o investimento na investigação e desenvolvimento de tecnologia nuclear ou nas alternativas ecológicas terá um impacto decisivo na sua resolução final. Será que os bastidores da ciência irão tomar a decisão à priori através das políticas de financiamento à investigação?
O debate está aí!

2012-04-25

Chernobyl, um legado com 26 anos


Posto de controlo no acesso à zona de exclusão.
 Foi na madrugada do dia 26 de Abril de 1986, dez anos depois da sua inauguração, que uma fuga no quarto reator da central nuclear de Chernobyl, na ex-república soviética da Ucrânia, provocou o maior acidente nuclear da história da humanidade. A quantidade de materiais radioativos libertados foi 500 vezes superior à bomba atómica de Hiroshima; os detritos espalharam-se por toda a Europa; a cidade de Pripyat, cuja construção foi alimentada pela central termonuclear, tranformou-se num fantasma oxidado e os campos à sua volta continuam contaminados e isolados num raio de 50 km; as fontes de alimentos de humanos e animais foram contaminadas e inúmeras pessoas desenvolveram doenças relacionadas com a radiação como cancro da tiroide, leucemia, malformação de fetos, perturbações do sistema nervoso, doenças ósseas e musculares, diabetes, doenças cardiovasculares e problemas gastro intestinais, só para citar uma pequena porção da lista. Atualmente a radiação continua a fazer-se sentir na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia estimando-se um total de 200 mil quilómetros quadrados de terras contaminadas e um número entre as 100 e as 200 mil vitimas.