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2012-11-23

Mudanças...

Mudança de alojamento


Olá!
Mudei-me para o wordpress!
O objetivo é juntar todos os sites e blogues num só endereço.
Os conteúdos deste blogue continuarão disponíveis e alguns serão transferidos para o novo alojamento.

Visite-me em
www.PensaTempos.net

2012-11-18

Por um turismo mais ético e sustentável, por Pedro Morais

O Pedro Morais é, antes de mais, um amigo, mas também tesoureiro no Conselho Local de Coimbra do PAN e um membro ativo e inteligente que se debate por três causas justas: o bem-estar de pessoas, animais e natureza. Na verdade não são três causas, mas apenas uma, a causa defendida por todos os que veem além das divisões que a nossa mente insiste em construir.
De leitura obrigatória.


2012-11-16

Eis um Homem! T3 Ep.39

DESCRIÇÃO - Paulo Morais, ex-vice-presidente da CM do Porto e vice-presidente da ONG "Transparência e Integridade" diz que o parlamento é o grande centro da corrupção em Portugal e que a corrupção é a verdadeira causa da crise. Entrevista de Luís Gouveia Monteiro.


2012-11-12

Homenagem a Merkel




MARCHA DA TRISTE FIGURA

Mandai já tocar trombetas
E que rufem os tambores
Abram alas à patroa
Dos nossos governadores

Salvé, senhora do Reich
A estadista de eleição,
Chanceler da una Europa
Solidária até mais não!...

Vivestes em ditadura
E numa pobreza atroz
Mas se a culpa não foi nossa,
Porque vos vingais em nós?

Arquitecta da Europa
E do Muro Financeiro
Que divide o rico Norte BIS
Dos países sem dinheiro

Temos p'ra vos ofertar
Arte lusa da melhor
Fina faiança das Caldas
E mocas de Rio Maior

Sois arauto de agiotas
Kaiser da triste figura
Imperatriz duma Europa
Quase a cair de madura

Sois cilício calvinista
Sois comandante ariano
Desta Barca do Inferno
Com rumos de puro engano

Sois cornetim de uma Europa
Em que é cada um por si
As mordomias são caras
Ponde-vos a andar daqui!

Arquitecta da Europa
E do Muro Financeiro
Que divide o rico Norte
Dos países sem dinheiro

Temos p'ra vos ofertar
Arte lusa da melhor
Fina faiança das Caldas
E mocas de Rio Maior


Letra - Paulo Espírito Santo
Música e Arranjos - Ruben Alves
Voz - Noémia Costa
Côro - Ana Vieira, Rute Alves, Paulo E. Santo
Grav. e Mistura - Emanuel Lima
Estúdio - Audio In

2012-11-10

A engrenagem.

A discussão sobre o veganismo e seus benefícios ao meio ambiente e ao futuro é extensa e muito mais complexa do que simplesmente parar de comer carne. Envolve a diminuição da poluição atmosférica, a preservação de recursos vegetais e hídricos, e muitas outras questões.
Numa linguagem descontraída, o filme tem a participação voluntária da modelo e apresentadora Ellen Jabour e do ator Eduardo Pires, ambos vegetarianos, e tem o objetivo de alertar e levantar algumas questões como "Você já se perguntou de onde vem nossa comida? Quais os impactos que ela nos traz? A Engrenagem responde. "



2012-11-09

Ecologia e espiritualidade: do contrato social ao contrato natural


As últimas décadas do século XX, animadas em boa parte pelos novos saberes de uma ciência sistémica, viram emergir uma mundividência holística, questionadora dos pressupostos hegemónicos que reificam o mundo não humano e alienam a espécie humana das suas origens. Além dos desenvolvimentos do conhecimento científico, outras formas de olhar mundo, como é o caso do pensamento budista ou do movimento ecologia profunda, imiscuem-se no pensamento ocidental e contribuem para a emergência de novos paradigmas, que questionam as formas organizadoras instaladas. A reflexão que pretendo fazer, propõe a desconstrução da centralidade antrópica através de uma análise histórica vista a partir do interior do pensamento ocidental e do contributo que outras formas de olhar e pensar o mundo poderão dar para a edificação de uma sociedade mais igualitária onde indivíduos, espécies e ecossistemas, sejam reconhecidos como entidades de pleno direito com quem partilhamos o Universo e não como objetos utilitários que apenas servem para satisfazer os caprichos humanos.

Conferencista: Orlando Figueiredo
Organização: Sopro Infinito - Associação Cultural, no âmbito do Curso "Espiritualidades do Mundo" (http://www.facebook.com/events/261938843910353/) - Aberta a todos os interessado

Dia 13 de Novembro às 19h00 na Rua Pascoal de Melo Nº 4 1º Andar - Lisboa


Créditos: Foto: resilience of ecosophical conatus.., por Joël Evelyñ & François (Flickr).

2012-11-05

ΠΡΟΣΟΧΗ, ΑΚΟΛΟΥΘΕΙ ΠΟΛΙΤΙΚΗ ΔΙΑΦΗΜΙΣΗ (Please notice: bellow is political advertising)

In the beginning,
in the beginning everything seems wonderful...
You are constantly high...
You think you are the smart ass between your fellow mates.
That everyone is jealous of you.
And then
And then you get in the loop hole.
In the beginning you don't need much.
20-30 you are ok.
Then you need more.
50-100
and then more..
200 square meters, 300
Then 1 acre, 10 acres
and then MORE
20 acres, and MORE
MORE
MORE!
MORE!!!
MORE!!!!!!
MORE!!!!!!!


2012-11-04

PANdebate com Steve Best (legendado em pt_PT)

No âmbito do 6º PANdebate, que teve lugar no Porto, no dia 21 de Setembro de 2012, o filósofo e activista norte-americano Steve Best apresentou a sua intervenção intitulada "Tudo o que sabe sobre o Homo sapiens está errado: descentrar/recentrar a identidade humana e as implicações revolucionárias da Etologia Cognitiva".


2012-11-03

Quem paga o Estado Social em Portugal

Raquel Varela editora do livro "Quem paga o Estado Social em Portugal", procede à sua apresentação no Inferno, programa do canal Q.


Eis algumas perguntas a que o livro procura responder: Onde nos leva esta crise económica? O estado de bem-estar social europeu tem futuro? Dívida pública: dívida de todos ou negócio de alguns?


2012-11-02

A valorização do mundo não humano: um estudo comparativo de currículos


A valorização do mundo não humano: um estudo comparativo de currículos

Referência
 
Figueiredo, O., Almeida, P., Baptista, M., & Galvão, C. (2012). A valorização do mundo não humano: um estudo comparativo de currículos. In Atas do VII Seminário Ibérico/III Seminário Ibero-americano CTS no ensino das Ciências: “Ciência, Tecnologia e Sociedade no futuro do ensino das ciências” - Madrid (Espanha) de 28 a 30 de setembro de 2012. Retirado de: http://www.oei.es/seminarioctsm/PDF_automatico/A8textocompleto.pdf.

2012-11-01

Consumir camarão...

A indústria de camarão tropical na Tailândia explora as pessoas e o meio ambiente, revela-nos uma investigação especial levada a cabo pela Ecologist Film Unit (EFU), a Link TV e a Swedwatch.


2012-10-31

Lua azul

Já publiquei algumas mensagens a divulgar o blogue fotográfico Floresta Encantada, do meu amigo Ricardo Machado. A mensagem de hoje é novamente inspirada em algumas das suas fotografias que retirou na noite de Lua Cheia do dia 31 de agosto deste ano. Vi as fotos no seu blogue e lembrei-me da história relacionada com o nome que hoje em dia lhe é dado: Lua Azul. O termo é uma tradução direta do inglês “blue moon”, que se vulgarizou para designar o acontecimento raro de termos duas luas cheias no mesmo mês; contudo esta designação folclórica é muito recente, vulgarizou-se na década de 80 do século XX e a sua difusão deveu-se a um erro de interpretação de James Hugh Pruett (1886-1955), astrónomo amador que viveu em Eugene (Oregon) e que publicou um artigo no número de março de 1946 da revista Sky & Telescope, intitulado "Once in a Blue Moon".

Atualmente a expressão Lua Azul designa a segunda Lua cheia de um mesmo mês. Sendo o período sinódico da Lua ligeiramente superior a 29 dias, há alguns meses de 30 ou 31 dias que contemplam duas Luas Cheias; foi o caso do passado mês de agosto que teve duas vezes Lua Cheia nos dias 2 e 31. Contudo, nem sempre foi assim

É verdade! Há alturas em que a Lua fica azul. Esse fenómeno é muito raro e deve-se à presença de partículas sólidas, provenientes de violentas erupções vulcânicas,  que ficam em suspensão na atmosfera . Já deve ter reparado que quando a lua nasce ou se põe no horizonte aparece com uma cor avermelhada. O mesmo acontece com o Sol; quem nunca se deliciou com os rasgos vermelhos e laranjas de um por do Sol?! Isto acontece porque as partículas sólidas suspensas na atmosfera são muito pequenas e tendem a refratar a luz azul dando os tons avermelhados aos dois corpos celestes. Esta situação só é percetível quando os corpos se encontram junto à linha do horizonte porque a quantidade de atmosfera que a luz tem de atravessar até chegar aos nossos olhos suficientemente grande para permitir que o fenómeno se manifeste de forma percetível. Contudo, há alturas em que a Lua aparece azul; este raro fenómeno deve-se à presença de partículas sólidas na atmosfera de tamanho maior que as habituais. Estas partículas de maior tamanho são, geralmente, cinzas provenientes de erupções vulcânicas - existem diversos testemunhos que relatam a cor azulada da lua depois da explosão do vulcão de Cracatoa, no dia 27 de agosto de 1883. As partículas, sendo maiores, difratam a luz vermelha fazendo com que a Lua adquira um tom azulado.

Calendário segundo os critérios do S&T e do MFA
A expressão "Blue Moon" foi utilizada por escritores, de língua inglesa, no século XVI. Entre as citações mais antigas encontra-se um trabalho de William Barlow, Bispo de Chicester; o Treatyse of the Buryall of the Masse, datado de 1528 onde refere em tom sarcástico "Yf they saye the mone is belewe, We must beleve that it is true". Ainda que haja quem defenda que o uso da expressão "Blue Moon" como sinónimo de algo raro está presente na oralidade da língua inglesa desde tempos ancestrais, somente três séculos depois das referências do Bispo william Barlow é que se encontram referências escritas à expressão como sinónimo de algo raro ou impossível; porém, há quem defenda que a sua presença na oralidade da língua inglesa é muito anterior. Uma referências escritadata de 1821 e encontra-se no livro Real Life in London de Pioerce Egan: "How's Harryand Ben? - haven't seen you this blue moon. Se o surgimento da expressão se deve ao raro evento que referi no segundo parágrafo deste texto ou a outra razão qualquer não sabemos; contudo pode especular-se acerca de uma possível relação entre ambos.

No século XIX o Maine's Farmer's Almanac, uma publicação de cariz folclórico, como o nome deixa adivinhar, publicava as fases da Lua e atribuía nomes  às diversas Luas Cheias; por exemplo, as três luas da estação estival chamavam-se Hay Moon, Corn Moon e Harvest Moon. De um modo geral, cada estação do ano, tem a duração aproximada de três meses e contempla três Luas Cheias. Contudo, devido à diferença do número de dias entre um mês solar e os meses do calendário solar, por vezes acontece que numa das quatro estações surge uma quarta Lua Cheia, perfazendo um total de 13 noites de Lua Cheia num ano solar, ao contrário das mais comuns 12. O Maine's Farmer's Almanac, nesta situação, mantinha o nome da última Lua da estação e apelidava a terceira Lua de "Blue Moon", ou seja, um verão com quatro noites de Lua Cheia teria uma Hay Moon e uma Corn Moon seguida de uma Blue Moon e terminaria com a Harvest Moon.

Em 1937, James Hugh Pruett consultou o clendário lunar do Maine's Farmer's Almanac e confundiu a designação com a segunda Lua Cheia do mesmo mês e, em 1946, publicou um artigo no Sky & Telescope intitulado "Once in a Blue Moon" onde designava a segunda Lua Cheia do mês como "Blue Moon". Foi a partir desta incorreção que se começou a vulgarizar o significado atual da expressão "Blue Moon" entre a comunidade de astrónomos amadores. A expressão ultrapassou definitivamente esta fronteira em 1985 quando, numa publicação para da crianças de Margot McLoon-Basta e Alice Sigel intitulada "Kid's World Almanac of Records and Facts", foi utilizada como sendo a segunda Lua Cheia que ocorre no mesmo mês do calendário solar.

"Blue Moon" foi também resposta a uma pergunta da versão inglesa do famoso jogo "Trivial Pursuit" sobre o nome da segunda Lua Cheia que ocorre no mesmo mês do calendário solar.

A expressão começou a ser usada na língua portuguesa devido à tradução literal desta carta do jogo e, mais recentemente, divulgada pelos meios de comunicação social.

A título de curiosidade, sabia que, no ano de 1999, aconteceu algo interessante? Nesse anos, o mês de fevereiro não foi contemplado com uma noite de Lua Cheia e os meses de Janeiro e Março tiveram ambos Luas Azuis. Em 2018 irá acontecer o mesmo.

Agora já sabe. Da próxima vez que ouvir falar de uma Lua Azul não se espante se quando a olhar no céu noturno a sua cor não diferir em nada da Lua das outras noites.

Créditos
Foto: Lua Azul, por Ricardo Machado (Flickr).

2012-10-29

Apelo ao Embaixador do Brasil em Portugal contra o suicidio/etnocidio/extreminio de Índios na Amazónia

Ex.mo Sr. Embaixador do Brasil em Portugal

O Povo Português, envia-lhe esta missiva, com indignação e revolta, pelos acontecimentos na Amazónia. Mais propriamente o suicídio/etnocídio/extermínio dos Índios.
Poder-se-á evocar a Carta dos Direitos Humanos, de 10 de Dezembro de 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Já que este acontecimento sobrepõe-se a todo o tipo de interesses de carácter meramente economicista, quando não especulativo, impositivo, antinatural e anti cultural...diria até contra o interesse nacional da própria República Federativa do Brasil!
Assim como evocar toda e qualquer importância a nível ambiental e de preservação da Natureza, sabendo que a Amazónia é o pulmão do Planeta Terra, quando não o mais importante.
Tem uma riqueza inqualificável de fauna e flora, protege espécies que a probabilidade de sobrevivência seria mui escassa noutro local.
"Preservar os povos indígenas, é antes de mais contribuir para a continuação não só dum tipo de vivência humana, mas também para que espécies ameaçadas de extinção, assim como a preservação do Meio Ambiente Mundial estarão a salvo, para as gerações futuras.
Não podemos, nem devemos sobrepor o interesse económico que poderá existir com o interesse da Defesa do Meio Ambiente, e do Ser Humano!
Para terminar concluímos que a consciência da Humanidade não pode mais condescender com a violação de qualquer tipo de Direitos Humanos. Ocorra essa violação em que parte do Mudo for, neste caso o Brasil, um país irmão e amigo de Portugal. De resto, condescender neste tipo de violações será condescender na continuação da abertura de caminhos que atentam contra a Humanidade inteira! Falamos de Pessoas, não falamos de números! De resto ainda, sendo a base de apoio do Governo do Brasil, é de estranhar que o mesmo Governo não tenha já aclarado a sua posição junto do poder Judicial, com todo o respeito pela Soberania do Brasil, pela sua Democracia e seu desenvolvimento e pela competência dos três poderes tão distintamente homenageados na capital Federal Brasília!
Assim, o Povo Português pede encarecidamente, a Sua Excelência que faça chegar este nosso apelo, ao qual juntamos as assinaturas necessárias, dum Povo irmão e solidário com a dor e revolta que este suicídio/etnocídio/extermínio, possa provocar a todo o Povo Brasileiro e pensamos que do Mundo inteiro, que visa a sua preocupação para com a Natureza e o Ser Humano, a sua Excelência a Sra Presidente Dilma Rousself.
Sem mais, enviamos cordialmente os nossos estimados e sinceros cumprimentos, aguardando com Esperança e expectativa, a sua preciosa apreciação a este nosso apelo sentido.
Somos o Povo de Portugal, unido em pensamento e em fraternidade, com o Povo irmão Brasileiro.

2012-10-27

Vegan? 'com todo o prazer.

Vegan? 'com todo o prazer, é uma reportagem de Gabriela Oliveira que traça o retrato de seis vegans portugueses:
  • Maria Oliveira Dias - atriz e pasteleira vegan;
  • Filipa Antunes - campeã nacional de halterofilismo;
  • Paula Pérez - empresária;
  • Nuno Metello - ativista no Movimento Segundas Sem Carne;
  • Maria de Lourdes Carapelho - blogger;
  • Orlando Figueiredo - professor.
A reportagem saiu ontem (26-out-2012) na revista Tabu do jornal Sol (pp. 44-50).

OL -27-10-2012

2012-10-26

O Estado da Nação



Portugal é o único país da Europa a 15, onde trabalhar não liberta da pobreza.

Os deputados são eleitos pelos cidadãos, mas estão ao serviço de quem os financiou.

2012-10-19

Um templo para Monsanto...

... é um projeto da União Budista Portuguesa que visa construir um templo em Monsanto - a Casa da Paz.
O projeto visa recuperar um antigo edifício degradado junto ao Miradouro da Luneta dos Quartéis no Parque Florestal do Monsanto bem no meio da natureza. Apesar da sua génese budista, a Casa da Paz pretende promover o encontro entre diversas tradições religiosas e não religiosas; constituir-se como um espaço de diálogo sobre o Eu, o Outro e o Mundo. 
Paralelamente pretende-se oferecer à população não só atividades relacionadas com o budismo e a prática da meditação, mas também seminários, workshops, retiros e cursos, bem como atividades culturais e sociais onde autoconhecimento, a paz interior, o respeito pela natureza e pelos seres vivos e o diálogo intercultural e interreligioso.
A contribuição de cada um é valiosa para a concretização deste sonho. Pode efectuar o seu donativo através da conta n.º 0010 0000 47676430001.17 ou entre em contacto connosco através do email umtemploparamonsanto@uniaobudista.pt.

2012-10-17

A camorra

Um triste retrato de um Portugal governado por corruptos e criminosos. O acontecimento foi no prós e contras e, sem aportar grande novidade, desde o Presidente da República, ao Primeiro-Ministro sem deixar de passar pelo licenciado à pressão Miguel Relvas, não há um que escape. E não... já não me convencem de que isto é o retrato de um povo. Talvez seja de alguns deste povo, mas o povo Português é melhor, muito melhor, que estes canalhas que o tem explorado.



2012-10-15

PANDebate -- Água: bem essencial, bem comum!

No próximo dia 24 de Outubro, pelas 18h30, irá decorrer mais um PANdebate que tem por tema a Água. Nele participarão o Nuno Vitorino da Plataforma Água é de Todos que irá abordar a temática da privatização das águas, Isabel Rosa da EcoAldeia Tamera que nos vai apresentar o projeto 1000 Lagos para o Alentejo e Cristina Rodrigues, doutoranda no Manchester Institute for Research and Innovation in Art & Design, que irá discutir o problema da Desertificação.
O PANDebate tem lugar no Instituto Macrobiótico de Portugal - R. Anchieta, n.º 5 - 1.º esq. (Chiado).
A participação é gratuita, mas é necessária inscrição que pode ser feita pelo email pandebates@pan.com.ptpandebates@pan.com.pt ou através do telefone 213 426 226.



2012-09-26

Desrescimento sereno (Serge Latouche)

De leitura obrigatória.

Este vídeo é uma síntese das ideias apresentadas pelo professor Serge Latouche na conferência "Decrescimento: uma proposta polémica?" organizada pelo CIDAC - Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral, a 8 de Março de 2012 nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian.

2012-09-18

Tarde demais

O descaramento dos governantes e da fidalguia republicana que parasita Portugal não para de crescer. No sábado passado, durante as manifestações em Lisboa, foram detidos quatro manifestantes. No espaço de poucos dias, entre os quais se conta um domingo, foram julgados e um deles condenado, "por crime de resistência e coação", a 12 meses de prisão com pena suspensa. Nada de errado se esta situação não tivesse acontecido num país onde criminosos julgados e condenados, em vez de cumprirem a pena de prisão a que foram sentenciados, se sentam em cadeiras da presidência de Câmaras Municipais, como é o caso do ladrão e corrupto Isaltino Morais ou da ladra fugitiva e corrupta Fátima Felgueiras. Outros, apesar de estarem em prisão preventiva, como o ex-deputado Duarte Lima, corrupto, assassino e, outrora (e quem sabe agora), amigo do Presidente desta República, ficam no conforto de suas casas compradas e mobiladas com o dinheiro que extorquíram ao povo português. Escusado será dizer que a lista não se fica por aqui. Das suspeitas de corrupção do antigo Primeiro-Ministro José Sócrates às luvas e negócios obscuros dos submarinos que envolvem o atual Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, sem esquecer o corrupto e aldrabão Miguel Relvas que, enquanto os alunos portugueses queimam pestanas pela noite dentro, se licencia por equivalência, os nomes sonantes abundam. Para estes a justiça tarda tanto que lhes permite continuar a viver descaradamente perante o olhar boquiaberto e indignado de milhões de portugueses.
Exijo, da justiça portuguesa, igual celeridade e pulso igualmente pesado na punição destes canalhas que atentam contra o bem-estar da sociedade, como a que se sentiu para os quatro manifestantes que foram presos. Enquanto tal não acontecer exorto todas as forças de segurança a pensarem duas vezes antes de procederem a detenções daqueles que defendem os interesses dos cidadãos (polícias ou não). Se não o fizerem estarão a pactuar com a injustiça e a corrupção generalizada que toca a classe política em Portugal.
A fidalguia republicana julga-se intocável e sem quaisquer obrigações de prestação de contas. Tem-se dado ao luxo de sacrificar a justiça de todos pela (sua) paz de poucos, mas os 99% de plebeus começam a cansar-se e, com cheiro salazarento que paira no ar, irão, mais tarde ou mais cedo, sacrificar a paz para recuperar a justiça que lhes roubaram. Nessa luta os pais já não poderão ensinar a prática da democracia aos seus filhos como fizeram na manifestação de 15 de Setembro. Quando isso acontecer, será tarde demais.

Créditos
Foto: Manifestação em Lisboa 15 Setembro, por João Vasco Almeida

2012-09-17

Escola para raparigas no Paquistão

Em Janeiro de 2009 os talibãs fecharam todas as escolas para raparigas em Swat, no Paquistão. Eles acreditam que educar raparigas irá ameaçar os seus objetivos. És capaz de nos ajudar a provar que eles têm razão?


2012-09-10

Do agricultor ao consumidor, que política comum para o setor agrícola e alimentar?


Desde o início do século XXI que a Europa está a atravessar um período de profundas mudanças.

Um dos desafios fundamentais prende-se com a agricultura e as zonas rurais, e  com a relação entre agricultores e consumidores. Este é o domínio da Política Agrícola Comum da União Europeia (ou PAC).


Neste preciso momento, a reforma da PAC está em curso e o Parlamento Europeu, através de um extenso processo democrático, está a preparar a sua resposta definitiva.


Convidamo-lo(a) a tomar parte neste processo de democracia participativa
preenchendo o formulário que se segue.

Ou mudamos ou morremos, por Leonard Boff

Hoje vivemos uma crise dos fundamentos de nossa convivência pessoal, nacional e mundial. Se olharmos a Terra como um todo, percebemos que quase nada funciona a contento. A Terra está doente e muito doente. E como somos, enquanto humanos também Terra (homem vem de humus=terra fértil), nos sentimos todos, de certa forma, doentes. A percepção que temos é de que não podemos continuar nesse caminho, pois nos levará a um abismo. Fomos tão insensatos nas últimas gerações que construímos o princípio de auto-destruição. Não é fantasia holywoodiana. Temos condições de destruir várias vezes a biosfera e impossibilitar o projeto planetário humano. Desta vez não haverá uma arca de Noé que salve a alguns e deixa perecer os demais. O destino da Terra e da humanidade coincidem: ou nos salvamos juntos ou sucumbimos juntos.
Agora viramos todos filósofos, pois, nos perguntamos entre estarrecidos e perplexos: como chegamos a isso?
Como vamos sair desse impasse global? Que colaboração posso dar como pessoa individual?
Em primeiro lugar, há de se entender o eixo estruturador de nossas sociedades hoje mundializadas, principal responsável por esse curso perigoso. É o tipo de economia que inventamos. A economia é fundamental, pois, ela é responsável pela produção e reprodução de nossa vida. O tipo de economia vigente se monta sobre a troca competitiva. Tudo na sociedade e na economia se concentra na troca. A troca aqui é qualificada, é competitiva. Só o mais forte triunfa. Os outros ou se agregam como sócios subalternos ou desaparecem. O resultado desta lógica da competição de todos com todos é duplo: de um lado uma acumulação fantástica de benefícios em poucos grupos e de outro, uma exclusão fantástica da maioria das pessoas, dos grupos e das nações.
Atualmente, o grande crime da humanidade é o da exclusão social. Por todas as partes reina fome crónica, aumento das doenças antes erradicadas, depredação dos recursos limitados da natureza e um ambiente geral de violência, de opressão e de guerra.
Mas reconheçamos: por séculos essa troca competitiva abrigava a todos, bem ou mal, sob seu teto. Sua lógica agilizou todas as forças produtivas e criou mil facilidades para a existência humana. Mas hoje, as virtualidades deste tipo de economia estão se esgotando. A grande maioria dos países e das pessoas não cabem mais sob seu teto. São excluídos ou sócios menores e subalternos, como é o caso do Brasil. Agora esse tipo de economia da troca competitiva se mostra altamente destrutiva, onde quer que ela penetre e se imponha. Ela nos pode levar ao destino dos dinossauros.
Ou mudamos ou morremos, essa é a alternativa. Onde buscar o princípio articulador de uma outra sociabilidade, de um novo sonho para frente? Em momentos de crise total precisamos consultar a fonte originária de tudo, a natureza. Que ela nos ensina? Ela nos ensina, foi o que a ciência já há um século identificou, que a lei básica do universo, não é a competição que divide e exclui, mas a cooperação que soma e inclui. Todas as energias, todos os elementos, todos os seres vivos, desde as bactérias e virus até os seres mais complexos, somos inter-retro-relacionados e, por isso, interdependentes. Uma teia de conexões nos envolve por todos os lados, fazendo-nos seres cooperativos e solidários. Quer queiramos ou não, pois essa é a lei do universo. Por causa desta teia chegamos até aqui e poderemos ter futuro.
Aqui se encontra a saida para umo novo sonho civilizatório e para um futuro para as nossas sociedades: fazermos desta lei da natureza, conscientemente, um projeto pessoal e coletivo, sermos seres cooperativos. Ao invés de troca competitiva onde só um ganha devemos fortalecer a troca complementar e cooperativa, onde todos ganham. Importa assumir, com absoluta seriedade, o princípio do prémio de economia John Nesh, cuja mente brilhante foi celebrada por um não menos brilhante filme: o princípio ganha-ganha, onde todos saem beneficiados sem haver perdedores.
Para conviver humanamente inventamos a economia, a política, a cultura, a ética e a religião. Mas nos últimos séculos o fizemos sob a inspiração da competição que gera o individualismo. Esse tempo acabou. Agora temos que inaugurar a inspiração da cooperação que gera a comunidade e a participação de todos em tudo o que interessa a todos.
Tais teses e pensamentos se encontram detalhados nesse brilhante livro de Maurício Abdalla, O princípio da cooperação. Em busca de uma nova racionalidade.
Se não fizermos essa conversão, preparemo-nos para o pior. Urge começar com as revoluções moleculares. Começemos por nós mesmos, sendo seres cooperativos, solidários, com-passivos, simplesmente humanos. Com isso definimos a direção certa. Nela há esperança e vida para nós e para a Terra.

2012-09-09

Breves reflexões sobre a democracia que temos e a democracia que queremos (Rui d'Espiney)

1. Oito características pelo menos definem a ordem democrática que impera no nosso país:

- é de baixa intensidade. Limita-se a consagrar os mecanismos de representatividade não oferecendo condições à participação dos cidadãos nas decisões e opções dos representantes.
- serve um poder hegemónico e estatizado. Os representantes aparecem divididos entre os que pertence e os que não pertencem ao chamado “arco da governação”, circunscrevendo a sua acção à manipulação ou tentativa de manipulação das alavancas do Estado, sem nenhuma interacção com os que os elegeram. - é estática e conservadora. Fixa como limites à contestação a inquestionabilidade do seu modelo de funcionamento: o direito é abordado à luz dos deveres que implica; o sistema vigente é assumido como uma ordem incontornável e só mutável a partir de si próprio.
- é cada vez menos soberana. Progressivamente vem delegando os poderes que representa e as prorrogativas que possui nos detentores/dominadores da ordem económica e política europeia e mundial.
- é clientelista. A cor politica prevalece sobre a competência na selecção dos decisores colocados em lugares chave do Estado e/ou do sector empresarial influenciado pelo Estado (e recorda-se a título de exemplo, porque recente, a designação do presidente do conselho de administração da RTP conhecido pela sua bajulação ao 1º ministro).
- é promiscua na sua relação com a economia. Assiste-se a uma verdadeira “dança de cadeiras” entre decisores políticos e gestores empresariais.
- é classicista. Por iniciativa da maioria tem-se assistido a um progressivo e continuado atentado aos direitos dos trabalhadores, à protecção dos interesses dos socialmente privilegiados e ao alargar do fosso entre pobres e ricos.
- é monolítica. As regras de funcionamento e evolução do país são impostas pela maioria, sempre a mesma, apoiada na disciplina de voto, na obstrução à audição de governantes pelo Parlamento, no dictat quanto à definição da agenda politica. Como é evidente há diversidade na democracia representativa. Muitos dos representantes eleitos são opositores da tendência para que caminha a democracia hegemónica. O sistema está, no entanto, montado de modo a que não passem de simples vozes que não impedem a afirmação das características dominantes.
 2. A alteração desta matriz democrática é no entanto possível, passando pelo reforço e afirmação da democracia participativa que a Constituição Portuguesa reconhece como um dos dois pilares da democracia plena mas que a prática dominante esvaziou.
Neste sentido impõe-se pugnar por algumas medidas. Sugerem-se, nomeadamente oito que se elencam de seguida, sem a preocupação de as hierarquizar por grau de importância. A saber:

- Induzir os partidos que enformam a democracia representativa a dedicar uma parte do seu tempo ao diálogo (um diálogo instituído) com forças emergentes da democracia participativa, não como uma concessão de quem recebe mas como um direito de quem é recebido. (Do mesmo modo que algumas autarquias reservam um ou mais dias da semana a receber e ouvir os munícipes, os representes dos partidos abririam um tempo na sua agenda para atender os cidadãos colectivos que agem na sociedade).
- Assegurar o financiamento da democracia participativa, pela afectação de verbas às suas formas organizadas, à semelhança do que acontece já em alguns países do norte da Europa. A desigualdade de oportunidades entre a democracia representativa e a democracia participativa está, de facto, bem patente na circunstância de à primeira serem facultadas todas as condições para o seu funcionamento material (vencimentos de representantes e assessores, orçamentação dos parlamento, pagamentos das campanhas eleitorais e de despesas de representação, etc…) ao mesmo tempo que são negadas as condições mínimas de subsistência das formas organizadas da democracia participativa… tratadas, por via de regra e na melhor das hipóteses, como prestadoras de serviços ao Estado e à própria democracia representativa.
- Dar-se corpo a um movimento pró democracia participativa que se afirme interagindo com as várias iniciativas cidadãs esboçadas a nível local, regional e nacional em defesa dos bens públicos, dos direitos sociais e dos desenvolvimento alternativo e tendo presente que está em causa uma crise que é civilizacional e mundial embora se exprima, a mais das vezes, de forma circunscrita.
- Encorajar a desobediência e a indignação. A democracia hegemónica sustenta-se na aceitação ordeira das suas práticas e manifestações, legitimando-se pela sacralização do seu próprio funcionamento. Superar esta ordem implica necessariamente uma prática transgressora.
- Desmontar os discursos dominantes. A democracia hegemónica reproduz-se e valida-se a partir de uma argumentação que naturaliza as suas opções, apoiando-se para o efeito na influência dos média que, de uma forma geral, alimentam esses discursos dando a voz, privilegiadamente, a quem os profere. Não é possível gerar contra corrente sem contrapor ao conhecimento hegemónico explícito um conhecimento alternativo, hoje ainda marginal.
- Animar e privilegiar os processos participativos nos mais diversos domínios (economia, cultura, educação, saúde, etc..) e âmbitos. A democracia plena constrói-se de baixo para cima e do pequeno para o grande, dando centralidade ao periférico e apostando-se no alterativo (no criação de um outro eu) mais ainda do que no próprio alternativo.
- Promover uma cultura da escuta, com o que se quer significar não apenas desocultar o que está oculto, ouvir o que está silenciado ou silencioso mas também interagir com quem se escuta e/ou se não ouve.
3. A democracia representativa é um imperativo, mas sem se reconfigurar, sem uma nova relação com os cidadãos, sem o impulso da democracia participativa tende a tornar-se, inevitavelmente, uma alienação. Assim o mostra o que está a acontecer no nosso país. Só com a democracia participativa, a democracia representativa cumprirá o mandato do pensamento republicano: liberdade igualdade e fraternidade.
Rui d'Espiney

2012-09-06

Playing for Change: Peace Trough Music

Este é o primeiro vídeo, publicado há 4 anos, do projeto Playing for Change: Peace Trough Music. O tema é Stand by Me, lançado em 1961 por Ben E. King e escrito pelo interprete e por Jerry Leiber e Mike Stoller.
O vídeo foi gravado em: Santa Mónica na Califórnia; Nova Orleãs, Louisiana; Amesterdão, Holanda; Zuni, Novo México; Toulouse, França; Rio de Janeiro, Brasil; Moscovo, Rússia; Caracas, Venezuela; Congo; Guguletu; África do Sul; Barcelona, Espanha; Umalazi, África do Sul; Pisa, Itália e Mamelodi, África do Sul. É uma mistura multicolorida, multicultural que testemunha a riqueza e diversidade do mundo.
Gosto em particular do estilo do Grandpa Elliot, da energia do Clarence Bekker e do coro feminino dos Sinamuva.
O projeto lançou recentemente o seu 67.º vídeo.

This song says: Nomatter who you are, no matter where you go in your life, at some point you go need somebody to stand by you.


2012-09-05

Crestomatia do disparate

Para quê contra argumentar perante os tesourinhos deprimentes que são os silogismos marialvas. 
Este foi o senhor que investiu o cavalo na direção dos manifestantes anti-taurinos presentes junto à praça de touros que foi montada na Torreira.
Depois de ouvir este (silogismo) permito-me estabelecer um outro de qualidade idêntica: Torturar cavalos e touros destrói quantidades massivas de neurónios; se assim não fosse este senhor saberia o valor do silêncio.



2012-09-02

Green washing, por Tryo.

Os Tryo são uma banda musical francesa que toca num registo reggea unplugged com 14 anos de carreira. Os Tryo lançaram recentemente o seu sétimo CD "Ladilafé". Uma das faixas chama-se Green Washing. Deixo aqui o vídeo e a letra.


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On veut du green green green green green green washing
On veut des tours d’avion, des airbus, du diesel
Des mandarines toutes les saisons, des grands voyages dans le ciel
Du high tech à la maison, de la nouvelle technologie
On veut pouvoir dire pardon et soulager son esprit

On veut d’la viande d’Argentine, d’la bidoche à tous les repas
De la world food dans la cuisine, on veut du sucre, on veut du gras
On veut moins cher, on veut meilleur, on veut toujours un peu d’ailleurs
On veut la mer, on veut l’été même en hiver on veut bronzeræ


Refrain
 

On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as, les pinocchios du marketing
On veut du green green green green green green washing

On cache les galets sous le sable, on veut des plages de sable blanc
Du réseau pour nos portables, on voudrait quatre barres tout le temps
Des orgies raisonnables, des grands échangeurs de béton
Et des amis toujours joignables, on veut des baleines et du thon


Refrain

On veut de l’eau toujours qui coule et des rides un peu moins creusées
On veut de la jeunesse en poudre et puis de la neige en été
Des grands buildings sous le soleil, des monuments pharaoniques
On veut partout partout pareil, de la wifi, du numérique

On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as, les pinocchios du marketing
On veut du green green green green green green washing
On veut du green green green green green green washing

On veut des lessives sans phosphates, des shampoings tout organiques
Et des forêts pour nos 4x4, du charbon dans nos cosmétiques
Des slogans abusifs, plus blanc que blanc, plus vert que vert
Mascarade écologique pendant qu’on s’shoote au nucléaire

On veut du green green green green green green washing
On veut du green green green green green green washing
On veut pouvoir dire pardon et soulager son esprit
On veut du green green green green green green washing
On veut la mer, on veut l’été même en hiver on veut bronzer
On veut du green green green green green green washing
On veut des baleines et du thon
On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as
On veut du green green green green green green washing


2012-08-31

Pam Warhurst: Paisagens comestíveis

O que deve fazer uma comunidade com a terra que não está a ser utilizada? Plantar alimentos, é claro. Com energia e humor, Pam Warhurst conta-nos, no TEDSalon, a história de como ela e uma equipe crescente de voluntários se uniram para transformar lotes de terra não utilizada em hortas comunitárias acabando por mudar a narrativa de alimentos da sua comunidade.


Pam Warhurst é o Presidente do Direção da Comissão Florestal, que aconselha sobre e implementa política florestal na Grã-Bretanha. PAM é, também, cofundadora da Incredible Edible Todmorden, uma parceria local de produção de alimentos vegetais que incentiva a participação da comunidade através de crescimento local. Incredible Edible começou, com um pequeno plantio de algumas herbáceas nos jardins de Todmorden, e hoje tem spin-offs nos EUA e no Japão. A Incredible Edible Todmordenàs pessoas comuns o poder para assumir o controle de suas comunidades por meio do engajamento cívico e activo.

2012-08-30

A falácia do biodiesel

Floresta situada no Bornéu devastada para a produção de óleo de palma
Os biocombustíveis  são um dos maiores engodos ambientais do nosso tempo. Sustentado num discurso pró ambientalista e apelando à redução do consumo de combustíveis fósseis, esta indústria tornou-se num processo de predação do mundo não humano. A área de florestas tropicais do sudeste asiático destruída para plantar palmeiras (Elaeis guineensis) produtoras de óleo é equivalente a 300 campos de futebol por hora.
O óleo de palma é tradicionalmente usado na cozinha do sudeste asiático, em alguns países africanos e no Brasil — sobretudo no estado da Baia — onde ficou conhecido como azeite de dendê (a árvore é apelidada de dendezeiro). A palmeira é originária de África e o seu território estende-se do Senegal a Angola e foi levada para o Brasil pelos portugueses tendo-se adaptado à condições climatéricas da Baia. Produzir óleo de palma para a alimentação não é um problema ambiental; a tragédia reside na industrialização da sua produção para a indústria dos combustíveis que, apesar do sufixo bio, não é sustentável.
O seu cultivo tem vindo a alargar-se em função da procura do seu óleo para a produção de  biocombustíveis o que conduziu à destruição massiva de habitats de inúmeras espécies em regiões vulneráveis como a Indonésia e a Malásia.
No dia 6 de Maio publiquei um artigo sobre o filme Green (ver abaixo) que retrata esta realidade de uma forma simultaneamente bela e triste.
Hoje deixo aqui a hierligação para uma petição, que convido a assinarem, da ativista Susan Callery Hursted: Stop the EPA from including palm-oil based biofuels in the Renewable Fuel Standard! O objetivo é que os biocombustíveis proveniente dos óleo de palma não sejam considerados no normativo sobre os combustíveis renováveis dado o forte impacte que tem na conservação dos ecossistemas o que, comparado com as emissões de dióxido de carbono provenientes dos combustíveis fósseis, não é um mal menor e constitui um forte contributo para agravar as alterações climáticas que já se fazem sentir.



Créditos
Foto: Cargill's Problems With Palm Oil, por Rainforest Action Network (Flickr).

2012-08-29

Salvem os manatís — um vintage

Os brasileiros chamam-lhe peixe-boi, mas internacionalmente ficaram conhecidos por manatís (manatees em inglês), termo que tem origem na língua pré-colombiana dos caribenhos Taínos e que significa peito. Os manatís são mamíferos aquáticos do género Trichechus que se distribuem por quatro espécies diferentes: T. inuguis que habita nas águas da floresta amazónia, T. manatus que vive nas águas da Índia ocidental e o manatí africano T. senegalensis, habitante das florestas húmidas da África ocidental.
Os manatís preferem águas doces, mas podem ser encontrados junto a estuários e mesmo no mar junto à costa, ainda que com menos frequência. Especula-se sobre a existência de uma quarta espécie, o manatí anão — Trichechus pygmaeus — endémico dos rios da floresta amazóica, mas não existem certezas científicas quanto à sua existência. Os parente vivos mais próximos dos manatís são os elefantes.
Os dois cartoons seguintes foram elaborados por Gina Harman em 1998 e fazem parte de uma campanha que visa alertar o público para a necessidade de conservar estas espécies. As principais ameaças à sua extinção são a perda de habitat devido à ocupação humana e as mortes causadas diretamente pela ação humana através da caça e de acidentes como o ilustrado no primeiro dos dois cartoons.

Para saber mais sobre esta campanha visita o website savethemanatee.org.




Créditos
Cartoons: Disponíveis em www.velvetgreencreations.com/index.php?page=Environmental_Cartoons 

2012-08-28

O esquilo que se tornou rosa


A few weeks ago, my son and I discovered a dead baby squirrel in our front yard. We could tell it had only recently died as its body was still soft and warm. Feeling sad we joined our palms and watched our breathing for a moment. I was on my way out but my son told me that he would bury the squirrel. When I returned home I saw a stick with a piece of paper attached to it propped next to one of our rose bushes. I bent down to look at it and on the paper read in my son's careful printing:

Here lays
a small dead squerl
ready to become
a Rose

Créditos
Ho, M. (1990). Animal Dharma. In Badiner, A. H. (Ed.) Dharma Gaia: A harvest of essays in buddhism and ecology. Berkeley: Parallax Press. (p. 131).
Foto: Rose squirrel, por sbpoet (Flickr).

2012-08-27

Free Julian Assange

Petição: Free Julian Assange (clique para assinar)


O nome Julian Assange tem dado que falar nos meios de comunicação social. O fundador do site wikileaks está no centro do conflito diplomático que surgiu entre o Reino Unido e o Equador. O Reino Unido ficou com a batata quente quente nas mãos, perante as declarações dos governos do Equador e da Argentina e, em particular, da UNASUR — União da Nações Sul-Americanas, cujo depoimento pode ser consultado aqui.
Não defendo que Assange seja um ícone da compaixão e compreendo que algumas das coisas que se dizem sobre o seu carácter irascível e sobre as decisões polémicas que tomou sejam verdadeiras e façam alguns vacilarem perante a sua defesa. Contudo, de uma coisa estou certo, não quero ver Assange em Guantánamo porque além de ser uma violação dos direitos humanos é um marcar de pontos a favor dos corruptos que pretendem tomar o mundo de assalto. Além disso, estou convicto que o balanço das suas ações na delação dos interesses ocultos das associações vergonhosas entre corporaçãoes e governos, da forma suja como desrespeitam a democracia, as pessoas e o mundo natural, é muito positivo; sobretudo se comparado com a ação de muitos líderes e chefes de governo entre os quais nomeio (ainda que seja uma lista muito limitada) Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e Passos Coelho. Veria com melhores olhos estas figuras acusadas por crimes contra a humanidade de corrupção e terrorismo económico e social. Os dois primeiros destruíram a Grécia e o terceiro é cúmplice ativo na destruição do Estado (social e não só) Português.

2012-08-26

FOSS — Free Open Source Software

Já todos ouvimos falar de software Open Source, licenças Creative Commons, licenças Copyleft, All Rights Reversed, etc; mas nem sempre é claro para o utilizador comum quais são as vantagens de usar software livre. As aplicações FOSS mais conhecidas são, talvez, o navegador web Firefox (a partir do qual estou a escrever este artigo) o programa de email e organização Thunderbird — dois produtos da fundação sem fins lucrativos Mozilla — e as aplicações de produtividade OpenOffice e, mais recentemente, LibreOffice. No domínio dos sistemas operativos temos as distribuições Linux sendo mais conhecida o famoso Ubuntu, que pediu o nome emprestado à língua zulu. Não posso deixar de referira distribuição CaixaMágica, uma das primeiras (se não mesmo a primeira) distribuição Linux portuguesas e o Alinex, um projeto mais recente que nasceu de uma parceria entre a Universidade de Évora e a Junta da Extremadura.
Todas as aplicações que referi são inteiramente gratuitas, o código está disponível para uso por terceiros e qualquer delas possui versões em português europeu graças ao esforço de alguns carolas que se disponibilizaram para fazerem a sua tradução.
O conceito Free e Open Source não se aplica apenas a software, mas a produtos que possam se distribuídos pela Internet que vão desde recursos educativos como os patentes em OERcommons ou os do REA — OER = Open Education Resoureces e REA = Recursos Educacionais Abertos a conteúdos multimédia como o filme La Educación Prohibida (todo ele feito com software OpenSource) que foi alvo do artigo de 16 de agosto deste blogue, sem esquecer livros, revistas, sistemas operativos para telemóveis e tablets...
Martin Owens, no conjunto de slides que se segue, faz um excelente resumo das vantagens do software aberto e da importância de promover o seu uso em detrimento do software proprietário que a grande maioria de nós usa no nosso computador.

Free and Open Source 2 by Doctormo