O artigo de hoje desvia-se um pouco da temática ecológica subjacente a este blogue; ou talvez não, talvez o problema resida na ecologia dos poderes. De qualquer maneira aqui fica.
O défice (económico) madeirense tem sido alvo de grande debate tendo até nome o buraco da Madeira; contudo há outro défice no arquipélago que tem sido muito menos badalado nos órgãos de comunicação social: é o défice democrático que há décadas existe naquela região. Hoje, nas comemorações do dia do Arquipélago, tivemos a oportunidade de assistir a mais um espetáculo degradante: a expulsão do deputado madeirense José Manuel Coelho do local onde decorriam as cerimónias comemorativas.
Não pretendo discutir a legitimidade da sua intervenção e não irei, certamente, defender deputado eleito pelo PND. Pretendo, exclusivamente, denunciar a forma como vários policias, agentes de uma força de segurança paga pelo Estado Português, se transformam nos jagunços do ditador. De facto a ordem de retirar José Manuel Coelho do local das comemorações partiu do presidente (a minúscula não é acidental; simplesmente a figura não merece o respeito que a maiúscula lhe conferiria) da Assembleia Legislativa que não tem qualquer autoridade legal sobre a policia que ali se encontra; contudo numa obediência compulsiva à voz de comando lá entram os ex-policia e agora jagunços e, no vergonha a que todos assistimos, expulsam um deputado eleito pelo povo madeirense do local onde decorrem as comemorações.
É do meu nariz ou isto cheira-me a PIDE?! Talvez seja pertinente pedir ao Sérgio (Godinho) para nos recordar que...
O fascismo é uma minhoca (não é? lá isso é)
que se infiltra na maçã (não é? lá isso é)
ou [na Madeira] vem com botas cardadas
ou [no continente] com pezinhos de lã.
Créditos
Foto: Retirada da página do facebook TugaLeaks em https://www.facebook.com/tugaleakspt
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