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Posto de controlo no acesso à zona de exclusão. |
Foi na madrugada do dia 26 de Abril de 1986, dez anos depois da sua inauguração, que uma fuga no quarto reator da central nuclear de Chernobyl, na ex-república soviética da Ucrânia, provocou o maior acidente nuclear da história da humanidade. A quantidade de materiais radioativos libertados foi 500 vezes superior à bomba atómica de Hiroshima; os detritos espalharam-se por toda a Europa; a cidade de Pripyat, cuja construção foi alimentada pela central termonuclear, tranformou-se num fantasma oxidado e os campos à sua volta continuam contaminados e isolados num raio de 50 km; as fontes de alimentos de humanos e animais foram contaminadas e inúmeras pessoas desenvolveram doenças relacionadas com a radiação como cancro da tiroide, leucemia, malformação de fetos, perturbações do sistema nervoso, doenças ósseas e musculares, diabetes, doenças cardiovasculares e problemas gastro intestinais, só para citar uma pequena porção da lista. Atualmente a radiação continua a fazer-se sentir na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia estimando-se um total de 200 mil quilómetros quadrados de terras contaminadas e um número entre as 100 e as 200 mil vitimas.