As últimas décadas do século XX,
animadas em boa parte pelos novos saberes de uma ciência sistémica,
viram emergir uma mundividência holística, questionadora dos
pressupostos hegemónicos que reificam o mundo não humano e alienam a
espécie humana das suas origens. Além dos desenvolvimentos do
conhecimento científico, outras formas de olhar mundo, como é o caso do
pensamento budista ou do movimento ecologia profunda, imiscuem-se no
pensamento ocidental e contribuem para a emergência de novos
paradigmas, que questionam as formas organizadoras instaladas. A
reflexão que pretendo fazer, propõe a desconstrução da centralidade
antrópica através de uma análise histórica vista a partir do interior
do pensamento ocidental e do contributo que outras formas de olhar e
pensar o mundo poderão dar para a edificação de uma sociedade mais
igualitária onde indivíduos, espécies e ecossistemas, sejam
reconhecidos como entidades de pleno direito com quem partilhamos o
Universo e não como objetos utilitários que apenas servem para
satisfazer os caprichos humanos.
Dia 13 de Novembro às 19h00 na Rua Pascoal de Melo Nº 4 1º Andar - Lisboa
Créditos:
Foto: resilience of ecosophical conatus.., por Joël Evelyñ & François (Flickr).